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Image of male touching virtual icon of social network

 

Se dependesse do que rola nas mídias sociais, muito famoso já estaria morto. Desde que surgiram, elas são o terreno perfeito para disseminar boatos. Roberto Bolaños, o Chaves; Jô Soares, humorista e apresentador; e Justin Bieber, cantor e ícone teen, são apenas alguns dos que já foram “assassinados” pela internet. Além disso, outras mentiras pipocam nas timelines, como supostos vídeos de naves alienígenas e locais mal-assombrados.

Os boatos têm um nome especial na rede: “hoax”, que, traduzido para o português, significa “embuste”, ou seja, “mentira ardilosa”. Você, com certeza, já se deparou com uma dessas notícias ao acessar o seu perfil e talvez tenha até compartilhado alguma por acreditar que fosse verdadeira.

Uma das responsáveis pela disseminação dos hoax é a grande quantidade de informação. Em redes sociais, todos emitem e recebem mensagens. O antigo modelo de comunicação, no qual o emissor apenas envia a mensagem e o receptor apenas recebe, ficou no passado. Com isso, muitas pessoas passaram a dar mais valor à velocidade com que se passa uma informação do que à veracidade do conteúdo.

Apesar da agilidade ser extremamente positiva, o cuidado com o conteúdo disseminado é fundamental. É sempre bom checar as fontes das notícias e, em casos de dúvidas, uma pesquisa rápida em algum buscador pode tirar a pulga de trás da orelha.

“Você viu aquela notícia no Face?”

Há pouco tempo, as conversas eram pautadas pelas emissoras de televisão, rádios e jornais. Eram esses veículos que definiam o que as pessoas sabiam, conversavam e, consequentemente, pensavam. Agora, com o mundo na ponta dos dedos, a variedade de temas vai desde os buracos na rua da sua casa até o recente confronto entre Israel e Hamas, dependendo apenas do que se revela mais interessante para cada um.

Se, por um lado, as redes sociais democratizaram os assuntos, por outro, elas os tornaram superficiais. Como a quantidade de informação é muito grande, a maioria das pessoas presta atenção apenas em fotos e títulos. Se o assunto se mostrar interessante, elas talvez abram a notícia, leiam o primeiro parágrafo e só. Normalmente, param por aí.

Herbert Marshall McLuhan – canadense e teórico da comunicação – criou um conceito que retrata o mundo de hoje: “Muita informação gera desinformação.” As pessoas ficam sabendo o que acontece, mas não entendem as causas e as consequências dos fatos. Sabe-se muito pouco sobre muita coisa e o grande risco disso é que o debate tornar-se superficial.

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