Dona Maria Cecília Salgado, de 66 anos, gosta de ir ao supermercado com certa frequência. Muitas vezes, nem é para fazer grandes compras, mas para olhar a variedade de produtos, comparar e pesquisar preços e, claro, sempre acaba levando uma coisinha ou outra.
O conceito de supermercado surgiu na década de 1930, nos Estados Unidos. Até então, os produtos eram comercializados em casas segmentadas, fossem do ramo alimentício, de higiene pessoal ou produtos de limpeza, entre outros.
Esse modelo tradicional, que ainda resiste em algumas regiões com poucos empreendimentos do gênero, resultava em um atendimento mais pessoal e humanizado. Atendente de um lado do balcão; cliente do outro. Com os supermercados, ganhou-se em agilidade e mais acesso aos variados produtos, mas, em contrapartida, perdeu-se na personalização da relação.
Na comunicação, muitas dessas diferenças entre os antigos mercadinhos e os atuais supermercados se aplicam:
1) Atendimento personalizado X Corredores para circulação
Não, o cliente não quer ser apenas mais um dentro da sua agência, a quem só cabe escolher um dos produtos de comunicação expostos nas prateleiras. O que ele espera é um atendimento personalizado que resulte em soluções sob medida para demandas específicas e o feedback constante.
2) Produtos na prateleira X Produtos por indicação no balcão
Uma agência não está “vendendo” diversos tipos e marcas de arroz ou de feijão. O portfólio é a “prateleira” de uma agência de comunicação, mas deve ser utilizado apenas como exemplos que demonstrem o seu potencial. Ele não pode ser um limitador, pois é no diálogo com o cliente que são construídas as melhores soluções.
3) Olhar a data de validade X Ouvir que o produto está vencido
Diferentemente do cliente que vai ao supermercado e olha o fundo da embalagem para ver se o produto está dentro do prazo de validade, na comunicação é função do profissional da área indicar quais são as novas tendências e ferramentas do mercado de comunicação.
4) Qualidade do produto
Em um supermercado que oferece diversas marcas de produtos, a responsabilidade sob a qualidade de determinado macarrão, por exemplo, é compartilhada: parte é do fabricante e parte do supermercado que aceitou vender aquele produto em seu espaço. No caso da comunicação, o resultado final de qualquer “produto” é de inteira responsabilidade da agência que a está oferecendo ao seu cliente, mesmo que a execução do trabalho seja realizado por um terceiro.